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sexta-feira, 5 de abril de 2013

SÓ VALE O QUE ESTÁ NA BÍBLIA?


- BIBLIOLATRIA - 
SÓ VALE O QUE ESTÁ NA BÍBLIA? ENTÃO POR QUE ELA FALA O CONTRÁRIO?


... o consenso dos protestantes de nada vale, porque vai contra a palavra que está escrita na Bíblia, a qual afirma que se devem conservar as tradições e o que foi ensinado oralmente, sendo o que está escrito útil para ensinar, mas não suficiente.







Prova-se que é falsa a tese protestante de que "só se deve crer no que está na Bíblia", pois isso é negado pela Bíblia.

Quem afirma que só vale o que está na Bíblia, assume que a Bíblia seria a única fonte da revelação, porém, essa proposição é refutada no Evangelho. No final do Evangelho de São João nos é dito:


João 21,25 Há, porém, ainda muitas outras coisas que Jesus fez; e se cada uma das quais fosse escrita, cuido que nem ainda o mundo todo poderia conter os livros que se escrevessem. Amém.

Está na Bíblia que nem tudo o que Nosso Senhor fez foi posto na Bíblia. Ora, se algo que Cristo fez e não foi posto na Bíblia não deve ser acreditado, então não se tem fé em Cristo, mas só na Bíblia. Seque-se que estão colocando um livro no lugar do Cristo testemunhado pela Igreja; Isto é idolatria, é bibliolatria.

Bibliolatria


Nosso Senhor Jesus Cristo anunciou que o Espírito Santo completaria a instrução dos Apóstolos:


"Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas vós não as podeis compreender agora. Quando vier, porém, o Espírito de verdade, ele vos guiará no caminho da verdade integral, porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e anunciar-vos-á as coisas que estão para vir" (Jo  16, 12-113).

Assim, o que Cristo ensinou e fez nos foi transmitido pela Tradição Apostólica numa época em que nem Bíblia havia.

Por isso, duas são as fontes da Revelação: a Sagrada Escritura e a Tradição (apostólica).

Também os Atos dos Apóstolos nos dizem que Cristo ensinou outras coisas mas que não foram postas nos livros sagrados, mas guardadas pela Tradição:


"Na primeira narração, ó Teófilo, falei de todas as coisas que Jesus começou a fazer e a ensinar até o dia em que, tendo dado as suas instruções por meio do Espírito Santo, foi arrebatado ao (céu); aos quais também se manifestou vivo, depois de sua paixão, com muitas provas, aparecendo-lhes por quarenta dias e falando do reino de Deus". (Atos 1, 1-3)

Ora, será que aquilo que Jesus fez e ensinou nesses quarenta dias não tem valor?

Falou, ensinou e fez Ele coisas inúteis?
As instruções que Ele deu e falou então aos Apóstolos sobre o Reino de Deus e a Igreja, não teriam nenhum valor?
É evidente que essas instruções e ensinamentos têm valor sim, porque provêm de Deus, apesar de não terem sido registrados na Sagrada Escritura. Eles nos foram guardadas pela Tradição Apostólica.

S. Paulo afirma que devemos seguir a tradição recebida dos apóstolos (2Ts 3,6): "Intimamo-vos, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que eviteis a convivência de todo irmão que leve vida ociosa e contrária à tradição que de nós tendes recebido."
Mas.... os protestantes confundem tradição apostólica com tradição farisaica de rituais para assim acusar os católicos, contrariando a própria Bíblia que nega o princípio da "sola scriptura" protestante (levar em conta apenas o que foi escrito). São Paulo nega esse princípio protestante taxativamente:
"Permanecei, pois constantes, irmãos, e conservai as tradições que aprendesses, ou por nossas palavras ou por nossa carta" (2 Tess. 2, 14).
S. Paulo não diz nada sobre seguir apenas o que está escrito ou o que vier a ser escrito! E nem poderia, pois na época a escritura era apenas o AT, os livros sagrados do NT foram definidos pela Igreja Católica só no final do século 4 e a Bíblia impressa só surgiu depois do século 16!

Vê-se então como o consenso dos protestantes de nada vale, porque vai contra a palavra que está escrita na Bíblia, a qual afirma que se devem conservar as tradições e o que foi ensinado oralmente, sendo o que está escrito útil para ensinar, mas não suficiente.


Prova-se, portanto, que é falsa a tese protestante de que só se deve crer no que está na Bíblia, pois é negada pela própria Bíblia.


Podemos citar outros exemplos relevantes sobre práticas que não estavam registradas por escrito antes de serem praticadas, indicando que há práticas e ensinamentos adotados pelos Apóstolos que não foram registrados antes nas escrituras. Assim, por exemplo, a "imposição de mãos". Dela não se acha menção nos Evangelhos e, entretanto, os Apóstolos a praticaram. Teriam eles inventado tal costume? Claro que não! Cristo deve tê-los instruído a fazer a "imposição de mãos" (Atos 8, 14-17; e Heb 6, 1-2).

São Tiago -- embora os protestantes, seguindo Lutero, recusem essa epístola -- nos fala da unção sobre os enfermos: "Está entre vós algum enfermo? Chame os presbíteros da Igreja, e [esses] façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor; a oração da Fé salvará o enfermo e o Senhor o aliviará; se estiver com pecados, ser-lhe-ão perdoados" (S. Tiago 5, 15). Também a "unção dos enfermos" não aparece nos evangelhos ou nas escrituras antes da epístola de S. Tiago. Então por que Tiago descreve esse procedimento? Quem o instruiu a fazer isso?

Ora, nem a imposição de mãos (Sacramento da Confirmação), nem a unção dos enfermos (Sacramento da Extrema Unção) poderiam transmitir a graça, se não tivessem sido instituídos pelo próprio Cristo.

 Cristo legou aos Apóstolos um conjunto de verdades reveladas e de sacramentos instituídos por Ele mesmo que formam o "Depósito da Fé" e que deve ser guardado:
"Ó Timóteo, guarda o depósito (da Fé), evitando as novidades profanas de palavras e as contradições de uma ciência de falso nome, professando a qual alguns se desviaram da Fé" (1Tm 6,20).


E notem que S. Paulo instruía a Timóteo, visando a uma comunidade cristã local da época especificamente para que assim fosse evangelizada corretamente e não como gostam tanto de fazer os protestantes que pegam passagens da Bíblia para aplicá-las ou a eles mesmos indevidamente ou para acusar o catolicismo nos tempos atuais, tirando a passagem totalmente de seu contexto.

Concluindo: a Bíblia não é a única fonte da Revelação e quem substitui a Igreja, mãe da Bíblia, pela Bíblia, corre o sério risco de entender errado, ensinar errado e praticar bibliolatria.

Se eu dependesse apenas do protestantismo, jamais seria cristão, pois não poderia professar uma fé irracional.

Sou cristão graças à Igreja Católica Apostólica, cuja autoridade recebida de Cristo me garante ser a Bíblia palavra de Deus e a explica. A Bíblia comprova o que a Igreja ensina, nunca foi o contrário.

Claudio Maria




   


 
 
 

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